Hoje o dia até se anunciava agradável. Logo de manhã, ao despertar, nem muito sol nem muito calor.
Calço os óculos. Nariz fora da janela para ver como vai o trânsito! BOF! Apanho logo pelas narinas acima o grito olfactivo da Refinaria.
Porra quem foi o insecto que teve a ideia de construir uma refinaria logo ali a Norte. Se calhar era um tipo que não sabia que os ventos dominantes eram do Norte.
Deixa lá, la Puce, um dia também eu deixarei de mandar vir. Estarei demasiado velho para poder protestar!
À tarde, um velho a espernear sobre a calçada de Cedofeita. Quinze civis que o tentam abafar com o suor que lhes saía das coxas. Outros tantos a correrem para lá. Passo o meu caminho – nunca tive um diploma de socorrista. À volta do “Pingo Doce”, braços carregados de líquidos, a ambulância bloqueada nos “pissos” junto ao Breyner. Cruzo-me com a equipa de dois INEMs que tentam acompanhar um velho cambaleante que se recusa a ir para a urgência.
Noite, após um salto até ao Célia. Após dois príncipes. Ravel para a mão esquerda ... dirigido pelo Leo Ferré.
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