15 julho 2010

O Cinema e as coincidências



Hoje.
Circunstâncias várias levaram-me a pensar que devia criar uma nova etiqueta: O Cinema e eu.

Claro está que só as minhas memórias, espalhadas por diversas gavetas davam um blog.

À tarde, disse à Maria, com dois cafés à frente, que muito tinha aprendido durante dois anos sobre um capitulo que me faltava. A projecção em 35 mm! Aquela a sério, onde as caixas podem chegar a tempo ou ... então é a angústia (antes do jantar). Durante dois anos participei, vi, mas não toquei na película!

A bobine certa para a máquina que existe! A rebobinadora. O martelo para acertar a película! A janela adaptada ao formato.

Tanta coisa! Mas tem que ir devagar, muito devagar. Do nove e meio projectado sobre um lençol numa parede do 93 até ao 70 mm projectado no imenso écran do Coliseu. Já não vos digo, agora, que também passei pelo papel de figurante ou de arrumador num cinema ali para os lados de Saint-Séverin.

Muitos kilómetros, cinquenta e tantos anos.  Andar de projector no carro, levar o cinema onde ele devia ir.

E continuo um diletante!

Coincidência!

Na altura em que o país celebra os 100 anos do nascimento do senhor Henrique Alves Costa. E tanto silêncio.

Na altura em que se morrem os cinemas – as salas de cinema – na cidade do Porto. E tanta indiferença.

E eu considero-me cúmplice! Com a idade, com esta mania que eu tenho do conforto e da qualidade. Agora, cinema, só filmes escolhidos a dedo pela C. T. Da forma mais simples. Encomenda pela net (teia para os puristas), formato circular, suporte plástico, manipulação mínima! SOFÁ! Stout e cinzeiro à mão.
Assim vai a vida!

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