16 julho 2010

Reencontros

Aqui há umas semanas, ali para o lado da Figueiroa, cruzei-me como António Alberto. Como ele olhou para mim, sorri. Olhei-o nos olhos.  Não parei pois ia com a C. T. Pouco tinha mudado nos últimos quarenta anos. A principal diferença eram os cabelos mais longos e brancos. Fiquei convencido que ele não me conhecera. Com mais dez ou doze quilos, com mais rugas e barriga, mais ou menos pelos brancos na cara, penso que estou muito diferente.

Dias mais tarde, semanas talvez, ao sair do meu fornecedor de pregos de nicotina que se encontra ali quase à esquina de Sacadura Cabral. Re-boum! Ele também ia acompanhado. Desta feita, parei.
És o António Alberto!

O tipo muito pronto: E tu és o Teodósio!

Seguiram-se as frases habituais do onde moras, temos que tomar café, abraço, etc.

Porra, o António Alberto reconheceu-me ao fim de mais de quarenta anos. Sei bem que tínhamos frequentado as carteiras do Meireles com Grego e Latim pelo meio e também aulas de Literatura Portuguesa na Lúmen. Das noites e tardes a rever matéria no Estrela, dos encontros na UNICEPE.

Um dia destes tomaremos um café!

Eu pensava que estava muito diferente, parece que não estou!  Estou mas é velho.

Por vezes, as pessoas não falam umas com as outras, vamos lá saber porquê. 

Como eu dizia o outro dia à Maria B.: O mundo é muito pequeno e o Porto é como um pires de café!

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